Para cada mulher há um homem ou três gatos

Fail. Ever try. Fail better.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

E já me ligaram a chamar para a Uber...

Um email que tinham visto o meu CV...para a não sei quê da Excelence para a Uber.
Fui ver à net e é onde eles dão a formação para os empregos da Uber.

O que estas coisas de call center têm, é que contratam pessoas por intermédio de outras empresas. O nome da empresa não é citado, dizem o "projeto do Facebook", o "projeto da Airbnb", é é isso que são. Eles recebem o dinheiro e pagam-nos. São eles que contratam e despedem. A aviação também contrata assim. A Tap. Vão à Unipessoal, à Manpower.

Agora estes da Uber, sempre ouvi dizer que são eles mesmos que se responsabilizam pelos empregados. Agora é a School of Excellence, que funciona na Irlanda, em Barcelona, agora em Lisboa?

Já lá está o meu CV, e eu disse que já tinha lá estado e que da outra vez o teste deu-me C2 a Francês e eles não consideraram suficiente. Respondeu-me que os testes foram alterados e agora são mais fáceis. Sim, o qie lhes interessa é contratar pessoas para a formação, estão um mês e depois não se adaptam e despedem-se.

Agora que estive nesta, vi-me aflita para acompanhar o Francês, eramos 8 e 4 desistiram. Andei lá mais outra a patinar e ela conseguiu não sei como fazer só os emails (conhecimentos?). Eu nem tinha tempo de ir ver ao google translate, a ter de responder em direto. Comecei a fazer como o outro que dizia invariavelmente que ia investigar e responder depois. Só que eu tinha aquele idiota do analista que ouvia os meus telefonemas e vinha depois dar-me na cabeça que podia ter respondido logo aquele senhor, e etc.

No Francês gostei de estar, se não fosse aquele analista. Um colega meu que falava Inglês fluentemente, preferiu o Francês, pois disse que se não fosse o desafio não aguentava um emprego deste tipo. É verdade. Aprendi imenso no francês, a ouvir colegas realmente nativos. Mas depois fiquei tão irritada com aquele idiota que fiquei com tensão alta e fui pedir à enfermeira que me medisse a tensão, e ela disse que 10/18 era demais, e o médico meteu-se e as RH... Enfim, o analista foi mudado de projeto. Ainda não tinha dito isto...Porque outros colegas disseram que ele abusava comigo.

Bem, depois perguntaram se eu preferia ir para o português e quis, mas não devia, estar ali era ser uma operadora de call center. O meu mal é não aguentar mais de dois ou três meses em empregos rotineiros. E deixei de ter o suplemento de língua estrangeira.

Ou seja, agora tenho aquele interessado em meter-me na Uber, head hunter. Eu sei que lá pagam bem e que deve ser giro andar lá numa de CSR, mas é de novo francês. Mas isto deve ser mais fácil que o turismo e os alugueres e as reclamações e os reencaminhamentos. Na Uber é quê, falar com os restaurantes que ainda não receberam os pagamentos, era todos os dias no turismo. Dar informações como se increvem?

Resta saber se me apetece ir de novo responder a clientes. Já se viu que eu me chateio, detesto os supervisores, passado um mês ou dois aquilo torna-se uma seca.

Trabalhar, é uma seca, é o que é.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Olha, agora melhorou...

Nunca pensei, depois de uns três AVCs, está melhor que antes. A minha mãe.
Fiquei mesmo contente! Chego lá com a minha irmã e ela vem lá de carro de rodas e acena-me com a mão! Depois dou-lhe os beijos e ela responde-me às perguntas, bebeu leite e eu chamo-me ...com aquele ar, mas como é que me havia de chamar? E lá está na sala das senhoras, no seu sofá reclinável.

Veio o lanche, a minha irmã deu-lhe o leite com pão, que comeu avidamente e eu toda satisfeita.
A minha irmã já andava a procurar preços nas casas funerárias, as mais baratas, pois insiste em ser levada para o cemitério de Soalhães a 300 km.

Mais vale prevenir, ela andou a procurar enquanto a mãe estava no SO inconsciente. E uma semana depois...juro, oxalá ela nos sobreviva.

Agora outro assunto totalmente diferente.

Ontem fui ao cabeleireiro, estava satisfeita com o meu cabelo acobreado, mas coo é escuro, mal nasce um cm de cabelo branco, fico com uma risca de cabelo branco. E ontem tinha sido o dia dos 50% nos trabalhos técnicos. E lá veem tres cabeleireiras que me ficava bem era umas nuances claras, e lá lá lá, e eu acabei por desistir e fizeram-me os trabalhos técnicos que queriam.



quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Início do desemprego

Mais duas coisas a fazer.
Fui a Sacavém ao Centro de emprego e nem entrei. O porteiro/segurança, deu-me logo um bilhete a dizer que tinha de marcar dia antecipadamente através do email que me deram . Eu disse que era para receber o subsídio e ele disse que nem que fosse daí a um mês pagariam a partir da data da rescisão.

Certo. Vim para casa escrever o email dizendo o que queria e uns dez minutos responderam, dia 4 do 12.

O filho já saíra e ela estava a dormir e então vi que era meio dia e fui de carro até Santos, pois tinha cheia de boa vontade mandado fazer uns óculo novos novos, mais modernos, no Instituto óptico que era na rua ao lado. Estava um dia de sol e eu com os meus óculos escuros Rayban para não encontrar ninguém na rua. Só a Joana, mas só me disse olá ao longe.

Caraças, cerca de oitocentos euros dois pares de óculos, uns escuros, também progressivos. Faço sempre isto, entro num emprego novo e faço óculos novos.

Mas tenho de me livrar de alguns, pois eu tenho aumentado as dioptrias e de vez em quando volto a usar outros porque são verdes, ou vermelhos, ou azuis escuros...
Os azuis escuros ainda são da Booking e são de média distância, para estar ao computador. Ainda os usei. Mas são pesado e magoavam-me a cana do nariz o dia todo.

Outros eram azuis escuros pequenos em metal, tipo rectangulares, fiz quando concorri a ir para a tap fazer a reserva de bilhetes milhas por telefone. A formação foi muito difícil, era aprender aquele programa Adonis(?) mas desisti antes do fim, já me estava a ver a deixar as pessoas à espera enquanto eu procurava as vagas e as reservas nos vários voos... Mas desistiu meia turma.

Mais, os verdes se calhar foi quando fui para o curso de auxiliar de veterinária, lembro-me de estar com eles na loja e no gabinete a receber os clientes com os cães e gatos. Lavava os cães até ao estrado da balança, registava opeso na ficha que entretanto procurara na gaveta (era em papel) e levava-os para o gabinete. Aí estava quieta e calada e segurava nos animais e exercia o meu efeito "horse whisperer". Por caso quando me vim embora a médica disse que eu dava-me bem com eles.

E isto foi quando decidi ir para a Tripadvisor em junho, onde entrei por entrevista telefónica e testes na net. Naquele edifício ainda em obras na José Malhoa. Um calor absurdo e eu ia de autocarro até ao metro, mudava de linha e ainda andava uns dez minutos. A rua era call center prédio sim, prédio não.

Depois já feita formação, passado um mês, já eu era amiga da Kelli, da Giullia, da Giusepina, da Margot, esbardalho-me no chão ao torcer o tornozelo no passeio. Desmaiei e tudo, fui de 112 para as Urgências, com a maila à janela a ver "olha, é a Maria!". Sim, eram 9 h da manhã...
Depois duas semanas em casa e decidiram que eu já não acompanhava aquilo, perguntaram se queria ir para outro projeto em call center. Sempre odiei isso, estar a pensar nas respostas e procurar as resposras online, com as pessoas à espera.

E assim foi, não foi tempo desperdiçado, todos as formações foram pagas , quer as completasse ou não. Conheci dezenas de pessoas, andei de transportes públicos por Lisboa, senti-me parte do tecido social, em vez de ser a cuidadora da mãe no Lar e dos filhos em casa.
Aprendi coisas úteis outras que se apagaram quase logo. Fiquei com os cuidados aos animais.
Mas para trabalhar nisso tenho de finalizar o estágio e começar do início, o mês que fiz não iria contar.
Vou ter de pensar no que faço, vou passar um tempo de calma. Já me sinto melhor, regulei a tensão e baixei o peso ( quem diz que emagrece trabalhar? almoços. lanches...)





segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Dia a dia

Fiz tanta coisa nestes poucos dias.
Levei o carro trocar os quatro pneus. Enquanto estava na oficina fui a pé até aos Armazéns Guimarães e comprei uns sapatos pretos.

Estava um vento muito frio e um tempo de aguaceiros. Mal entrei na oficina começou a chover.
Fui ao Pingo Doce e comprei os mantimentos. Com o cartão do subsidio de alimentação do emprego.

Fui ver a mãe que já estava no Lar. Estava sem oxigénio, e sentada na sala.  Mas não me conheceu.
Devem ter queimados os restantes neurónios, estava com ar de quem sou e o que faço aqui. Um ar assustado. Mas rabugento, disse-me que a ia magoando quando me sentei no braço do sofá e quando disse "queres que te tire uma foto " respondeu que não.
Mas eu agora não choro mais, chorei tudo no fim de semana quando a médica disse que o prognóstico não era bom. Sinto que morreu e agora não está lá.

E outro dia fui ao centro comercial e comprei duas prendas de roupa para os meus filhos, para o Natal na salsa.

Para mim umas calças cincentas de cintura alta, uma blusa e um casaco. De cores alegres.


sábado, 16 de novembro de 2019

Despedida

Olha que surpresa. Por acaso até foi, o meu novo analista de qualidade tinha acabado de estar a falar comigo, que tem seguido os meus telefonemas e que estou muito bem, não tem nada a dizer , continue o bom trabalho "bon courage!". Sim, que ele é francês. Mas sabe português, precebe os meus telefonemas. Digo eu.

E então eu tinha sido mudada para o português, e o team leader só esteve comigo no 1º dia e depois foi de férias. Ficámos com uns jovens alegres a tomar conta de nós e o ambiemte estava descontraído. Com os brasileiros, também era fácil, queriam informações fáceis de género se já tinhm recebido os pagamentos e onde é que viam isso na página, Essas coisas que eu até já sabia indicar. E como me puseram no horário das 9h às 18 h, só começava a receber mais telefonemas a partir da tarde. Ou seja, subi para 8 solves em média numa semana (estava no seis, no francês, pois uns dias fazem.se mais, outros há menos telefonemas). E então o outro tipo vem de férias com os seus maneirismos gay, e a primeira coisa que me diz é há quanto tempo estou ali e que ainda faço só seis. Pois.

No dia seguinte por volta das 16h 30, que entretante me mudaram para o horário de entrar às seis, aparece um dos RH se posso ir com ele e estava lá a outra simpática dos RH e dizem que parece que vão ter de me dispensar, que não estou a evoluir. Eu disse aquilo "mas ainda hoje veio o Thomas dizer que os telefonemas estavam bons!" e ficaram a pensar e chamaram a besta do gordo TL, e ele, "ah, mas ele não analisou do princípio ao fim, não tirou notas " e eu logo " a mim disse que tem andado a ouvir toda a semana pasada". Eu por acaso tenho a minha teoria, eu não era nenhum génio do apoio ao cliente, mas o meu TNS era 9 e dez (muito bem, os comentários dos clientes), mas sempre que o meu analista da altura aparecia começava sentado ao meu lado a dizer que não era assim, e que era "ut" e não "aôut"e coisas do género e eu já nem sabia o que estava a falar e dizia que depois telefonava com a resposta, daí a bocado. O idiota uma vez pos-me tâo nervosa que fui direta à enfermeira e tinha 18/10 de tensão e ela deu-me um comprimido e disse que eu tinha de ficar ali sossegada e foi dizer à dos RH. Ela foi ter comigo e eu toda chorosa que ele me enervara e eu estava com hipertensão e que ele não sabe lidar com as pessoas. A RH foi participar ao chefe e daí a dias o Tiago Paulino falou comigo e disse se eu gostaria de ir para o português que é mais fácil. Eu na altura queria era fugir do idiotando analista e disse que sim. Mas agora acho que fiz mal, o grupo era simpático, gostava de mim, o TL era aquele tipo novo Jorge, cheio de paciência. E ganhava mais. E tinha aquele prestígio de ser do francês.

Então ali no português as coisas eram mais fáceis de responder, fiz 20 num dia, mas depois a média deu 8. Mas o analista de que eu me queixei foi transferido para outra posição, e o TL era um amiguinho dele, deve-lhe ter ido dizer boas de mim. Daí ele ter sido logo tão acolhedor e pimba.

Olha, que se lixe, a minha mãe teve um AVC no fim de semana e eu fiquei a pensar que desta vez era o fim, até fui lá às urgências com a Catarina despedir-se da avó que estava inconsciente. Na segunda feira já me tinham dito que ela entretanto acordara mas eu estive todo o dia distraída a pensar se teria tempo de a ir ver depois do trabalho. Aliás o imbecil do TL paneleiro e gordo (passava o dia a comer bolachas e doces na secretária dele) disse para eu me animar, e eu " a minha mãe teve um avc este fim de semana" e ele " vá lá depois de sair". Olha que querido, não podia "quer sair mais cedo para a ir ver?"As visitas eram até às seis e eu saia às seis. Mas ele não perguntou nada e eu não pedi nada.

OK. Então lá me deram as guias de marcha, os papeis para entregar no centro de emprego, no dia 20 pois têm de dar uns dias de aviso, mas fiquei em casa, deram férias.

Claro que houve uma grande troca de mensagens entre os colegas no grupo de colegas que fizemos as formações e estavam todos, mas não podem mudar-te para outro projecto, há uns sem ter de fazer telefonemas, que merda . etc. Bem, dos que fizeram a formação comigo metade já se foi, mandada embora ou por vontade própria.

Whatever, para trabalhar com gente daquela.

O engraçado é que só me acontecem desgraças, estacionei o carro no proibido para ir buscar os papeis e volto e estão a multar-me, 90 euros.

Depois no dia em que fui com a Cat ver a avó ao hospital, na volta, já de noite, o peu do carro rebentou em andamento, tivemos de parar e chamar o reboque. Que o seguro paga e nos levou para a Garagem Rio de Janeiro, estavam lá seis carros, aquela hora estão fechadas e era sábado e nós cheias de fome, mas foi só seis euros. Eles não tinham pneus da medida dos meus do Jeep, por isso puseram o sobresselente no lugar do que furou.

Agora já fui mudar os pneus, aqui em Sacavém e mudei os cinco, estavam todos secos, 467 euros.

Já posso ir visitar a avó.


terça-feira, 15 de outubro de 2019

Há beira do fim

Isto era o título de um livro ou um filme? Acho que é daquele livro do H . Harrison.
Eu não ia publicar aqui nada, o bloque era só para a diversão, bem , ou isso. Mas tenho trabalhado há seis meses naquele sítio, empresa uma sala muito comprida, muitas secretárias com pessoas a atenderem telefonemas...Customer center, apoio ao cliente, essas coisas, em francês e inglês, eu.
Já é a segunda vez que o faço, da outras vez na concorrência, mas saí depois de três meses. A simpática RH disse que eu não tinha competências técnicas e o meu francês era liceal. Ah.
Não levei a mal. pois nessa altura ela despediu toda a gente que não era nativo em francês, foi naquele altura em que voltaram emigrantes de França fugidos dos ataque terroristas ao jornal e os filhos abarbataram os empregos de call center de francês.
Agora um ano ou dois ou três, depois, depois de ter jurado que não punha mais os pés num sítio desumano daqueles, respondi a um anúncio e achei tudo muito positivo, género Google, frutas na sala dos empregados, puffs na varanda, mesas de café, formação divertida cheia de chocolates e pequenos almoços oferecidos...
E depois é sempre o mesmo, metade da turma desiste depois de terem feito os primeiros telefonemas e eu vou parar ao francês. Eramos 8 e sairam uma francesa, um argelino, outro francês e mais outro.
Depois no trabalho eu e outro de 20 anos fomos para aquela equipa de francês, onde havia uns mais velhos (em idade e/ou no cargo) e outros com umas semanas mais de experiência que nós. O que eu achei melhor, era não termos ninguém a dirigir-nos, estavamos ali tipo à vontade. À vontade a mais, pois apareciam-me imensas dúvidas e eu passei o tempo a perguntar o que significa " paranage?" ou sem saber se havia de resolver o problema ou escalar para outra equipa. Depois comecei a acalmar e a dizer às pessoas que sim, já lhes telefonava de volta com mais informações. de preferência podiam desligar e eu ligava de volta. Porque aquilo está muito bem organizado, online, eles os utilizadores, se não fossem preguiçosos, escreviam lá em francês "comment changer ma mot de passe" e aparecia a resposta, o que eu fazia e me limitava a ler-lhes devagar para eles o fazerem, ou dizia que mandava uma mensagem com as explicações. Há lá uma lista de coisas que não podemos fazer por eles e outras que podemos, não podemos cancelar uma reserva que eles fizeram, só podemos ensinar como se faz. Outras coisas tipo querem desbloquear as datas que tinham bloqueado, e as pessoas afinal já cancelaram e não vêm e não sabem , nós podemos fazer isso. Tudo muito complicado, nunca sabem fazer nada e há gente com ar de velhinhas... Bem, lá andei naquilo do francês, e uns mal viam que era estrangeira desligavam (temos pena, não! pois era um solve para mim!), outro falavam mais devagar e a certa altura já nem diziam nada, acho que a minha fluência melhorou.

Só que aquilo é sempre o mesmo, produzir e rápido, desligar os telefonemas que são para transferir para fazê-lo e dar atenção aos que são para nós a dar informações e instruções. e temos de atender 9 solve por dia. E mais tarde 13. Parecem poucos, mas somos a base da pirâmide e a triagem dos telefonemas somos nós, perceber o problema e transferir para o departamento disto ou daquilo, dos que estão fechados fora de casa pois não têm chave e dos que estragaram a casa toda ao senhorio quando se foram embora. Coisas que não são para nós. E ensinar a preencher o calendário ou apresentar pedidos ao senhorio. E isto é sempre com 15 minutos de pausa a meio da manhã e da tarde e uma hora de almoço. E poucas conversa com os do lado pois eles estão ocupados com os fones nos ouvidos e vamos à pausa sozinhos pois elas não coincidem, tem de ficar sempre alguém a atender os telefonemas. E é mto giro ir para a varanda ao sol mas estamos sozinhos.

Sinceramente, só lá estou (ainda), porque saio de casa e ando de autocarro e falo com outras pessoas e tento não stressar com o público em geral, e almoço fora e as pessoas já me conhecem e ganho dinheiro, tanto como da outra vez na outra empresa.

Mas depois tenho aquele 2'«!XZ  de uma analista, que são as pessoas que ficam a analisar os nossos telefonemas numa sala, a ouvirem e analisarem se disse olá, se se apresentou, se a voz era cordial, se pediu a identificação, se inquiriu o problema, se clarificou o problema, se investigou em 2 minutos, se apresentou soluções, se eram corretas, se transferiu. Se tirou as notas em inglês sobre o telefonema em 4 minutos e se pôs em linha de novo. Muito simples, em português, ou em qualquer outra língua...
Aquele tipo tem-me andado a irritar desde o início, se o telefonema está correto, vem-me dizer que não se diz " aôut " e sim " u ", nem se diz canceler e sim annuler...

No outro dia passei-me, ele disse-me que estou ali há três meses e ainda faço "aquele erro". Ele que fala francês com aquela pronúncia só porque viveu lá uns anos, também estive de férias na Suiça, quando tinha 14 anos, com os meus pais.

Bem, ui direita aos RH, que tinha a tensão muito alta e me doia muito a cabeça, e tenha calma, tenha calma!, e mediram e tinha 18/11. Depois mandaram-me lá sentar no gabinete médico que não tinha médico é claro, e daí a bocado veio o encarregado do Francês que eu nem conhecia e disse que me podia transeferir para o poortuguês se eu quisesse, ganhava era menos e o horário é sempre até às 11 h ou às 2 h da manhã.

Bem, ali no francês é das 8 h às 17 h e embora me sobrasse imenso dia, passei o tempo a fazer sonecas...

Ok, ok, só que depois disseram que ainda tinha de estar uma semana ali, a fazer em português e inglês, com os outros com aquelas perguntas " mas não ias para o português?", "mas se não gostas disto há coisas mais fáceis, aquilo dos vinhos...".

Resultado, no dia seguinte não apareci, liguei para lá a dizer que estava doente. E sinto-me mesmo doente, umas dores de cabeça, tensão alta (sim, meço em casa) e hoje de manhã fui congelar para a fila do centro de saúde, às sete menos cinco já lá estavam 8h à minha frente, as  portas fechadas do centro, o segurança abre às 8h. Quando eram 8 h eramos uns trinta em fila, e a mim disseram logo que já tinham esgotado as três senhas para a consulta de urgência. Felizmente a minha médica não estava, portanto o que tenho a fazer é amanhã ir mais cedo para a porta do centro pois a minha médica está lá e à quarta há quatro senhas de consulta (os outros é análises e para serem atendidos antes de irem para o trabalho). Ou seja, agasalhar-me bem e especar-me lá às seis e meia.

Estava mesmo deprimida, a pensar, tanta merda por um emprego de merda! Mas depois dormi metade do dia e agora sinto-me melhor e amanhã peço à minha médica o atestado e mais remédios...

Será esgotamento ou a minha depressão que não me deixa estar muito tempo a fazer o mesmo.
Hei-de trabalhar nem que me mate.









outras que podemos, género, eles têm um calendár

sábado, 5 de outubro de 2019

Bárbara Tinoco - Antes Dela Dizer Que Sim (Vídeo Oficial)

Agora em português

Trabalhar faz mal.
Ando com tensão alta, dores de cabeça, pesadelos...
Mas consegui ir para o português, o meu adorado Team leader deu uma ajudinha.
Assim quarta vim para casa depois de almoço (baldei-me, devem-me meio dia de ter trabalhado num feriado), fui ao cabeleireiro e pintei as raízes e ela não resistiu a tirar um pouco de volume, enfim.

Depois fomos jantar ao Spacio e estavamos na esplanada do McDonalds, passa por lá o pai deles. A mulher devia estar de banco e ele ia para o H3, ainda hesitou mas eu acenei e veio falar aos filhos. Com o cabelo quase todo branco e um bocado gordo com barriga. Eu disse para ele se sentar mas ele disse que não gostava daquele cheiro e riu-se para os filhos e foi-se embora.
A seguir fomos para o Pingo Doce e a Cat. comprou carne de vaca picada (eu é que tive de pedir, no talho), e mais coisas tipo quinoa para a sua dieta. Sim, que ela não jantara.

E ontem, quinta, já de folga fui marcar vet para esterilizar o Laranjinha, mas ela disse que não podia pois faltava a segunda vacina e depois tinha de esperar duas semanas. Assim de 60 euros, passo a pagar 150, para esterilizar a Nikki, que já teve o cio e ainda fica grávida. Ele não teve, mas anda feito doido a atirar-se aos outros às dentadas, penso que esterilizado fica mais calmo, não se aguenta.

Depois fui ao centro de saúde pedir mais duloxetina, não sei da receita, e desde dia 30 de set. deixei de ser isenta de taxa moderadora na saúde. Ora toma, paga lá 2.50. Como descobriram que estou a trabalhar? Nem mandei a carta para o centro de emprego. Tenho-a ali preenchida desde dia 3 de junho. Estou a trabalhar há 4 meses? E porque é que este mês me depositaram 830 em vez de 870? Já é de estar no português/inglês? Mais os 7,5 de subsídio de almoço e o 13º e férias.

Mas eu trabalho para ser útil e me fazer bem, como aquele do "This is Us" que não queria ir fazer o filme para Chicago, na 4ª temporada e depois foi. O primeiro episódio acho que foi muito giro mas só vi o segundo.

David Fonseca - Someone That Cannot Love

domingo, 22 de setembro de 2019

No novo work

Em agosto comecei a formação na Sitel para mais um emprego de apoio ao cliente, customer representative, adviser...call center.
Mas é uma indústria de serviços em crescimento, sobretudo em Portugal, um país euro+eu com tantos estrangeiroa à procura de uma emprego e de portugueses desempregados com alto nível cultural e de linguas estrangeiras.
Como sempre, eu entro pelo Francês, pagam mais que ao português e inglês e italiano e espanhol, só pagam mais ao alemão e outras línguas germânicas. Não, ao russo não pagam bem, como há muitos pagam tanto como aos ucranianos.
Toda a gente tem de falar inglês, é a língua do Cliente e a que toda a gente tem de saber.
Gostei imenso da formação. era dinâmica e divertida, nada das que fiz anteriormente. Faziamos na mesma um quiz no final, mas a preocupação era que tivéssemos bom resultado. mais de 80%, de tal forma que os formadores nos davam uma ajuda. Nos que estive anteriormente era um stress sempre. Mas eles sabem o que fazem, pois na última semana poêm-nos em contacto com os telefones, os clientes a sério, e são mulheres a chorar na casa de banho, homens maduros sem saberem o seu próprio nome, só os que já tiveram contacto anterior com call center se aguentam. E no fim da formação dos 8 de francês, sairam 4 com o dinheiro da formação no bolso. Depois fomos para o Floor, a sala grande com todas as línguas, fazer o Landing (noutros sítios chamava-se o Nesting ou o Shadowing). Aí estavamos sozinhos a fazer as chamadas, mas com a ajuda de agentes já com exteriência, que andavam numa roda viva a dar-nos as respostas, enquanto os clientes ficavam em espera. Aí eu continuava com o grupo que fazia o português, todos muito divertidos e de várias idades, dos 20 aos 56 (o Philipe). Separados dos que trabalhavam no floor. Mas aí foram duas semanas e desistiram mais dois ou três de português, os brasileiros são chatos de aturar, não percebem o que dizemos.
Então saíram os horários e eu e o de 20 anos fomos para o horário das 8 h às 17 h (por mim ótimo) e as outras duas de francês a entrarem às 10 h e sairem às 19 h. Ali no floor sentamo-nos onde calha, na zona do francês. Os amigos sentam-se juntos, temos de chegar antes da hora para marcar um lugar.
E há muito pouca gente a tomar conta de nós ou a ajudar-nos. Quem nos ajuda são os colegas mais velhos, que são simpáticos. Mas temos também uma equipa por trás de nós que ouve os nossos telefonemas e vem depois uma vez por semana ouvir duas conversas e criticar e supostamente ensinar. Eu tenho sempre azar, os meus supervisores são muito nervosos, desta vez também, quando eu não dou a resposta certa ou os ponho em espera para procurar a resposta e eles acham que eu já a devia saber. Agora estou na segunda semana de Floor, nas Informações e triagem, o mais básico de tudo, tenho de ouvir as queixas e remetê-los para o departamento que resolverá o seu problema ou então são coisas sobre o site, e eu aprendi a responder! Como criar o perfil, as listas, os anúncios, as reservas de alojamentos, fazêr uma reserva ou gerir uma reserva se forem os fonos do alojamento. Já me vou safando, e ehoje já tive dois que quiseram ser atendidos pelo agente anterior, eh eh. Eles ligam para lá e dizem, ah, je veux Maria, j´ai déjà parlé avec elle, e elles tem de ir às Mensagens internas, escrever o meu nome e porem lá que não atenderam o caso porque pediram o agente tal. A mim também me fazem isso, a pedirem o fulano de tal, e eu faço o mesmo, não me importo nada.
Mas quantos mais casos resolvermos por semana maior é o bónus semanal, por isso convém atender bem os casos. Já me disseram que eles precisam de nós, no Francês, desde que a gente compareça e atenda os telefonemas, não nos despedem. O meu colega chega meia hora atrasado por causa dos transportes, mas não é por isso que o despedem. Espero que não me despeçam a mim, o meu analista já me disse se eu não gostaria de ir para o português. Não, nem por isso, entrar às 17 h e sair às 2 h da manhã...e  ganhar menos. Não sou a única portuguesa com menos fluência, nunca vivi foi em França e não sei os coloquialismos, mas aprendo depressa " il ne faut pas paniquer!", "merci dávoir patienté", isto deles transformarem adjectivos em verbos...Não posso panicar.
Hoje ainda nos rimos um bocado, veio uma para mim com um problema sobre ter mudado de operador de telemóvel e agora não poder aceder à conta pois já não tem a conta com que se inscreveu, não tem email nem número de telefone. Eu disse que isso era com o operador, disse que deixara passar o prazo e agora já não podia disse ela e que se eu não sabia que queria um supervisor. Tentei passá-la para um departamento de contas e disseram que isso era comigo. A mulher não desligava, queria a resposta e eu pedi à colega do lado se me respondia ela...Apareceu com o seu sotaque de Costa do Marfim, muito calmo e disse que ia tomar conta do caso. Passei-lhe o caso e daí a pouco estava toda "affoulée" que não podia fazer nada e etc e tal. Então, uma que está ali há três anos (ela é que não quer ser promovida) e disse que ia tentar. Passou-lhe a ela a mulher e ela com toda a calma, mudou~lhe a palavra passe e mais não sei quê, não percebi nada, e sim, conseguiu que ela mudasse para outro email e outro telefone, milagre! Ela só tem notas 10, sabe mesmo daquilo.
Já estavamos a dizer que a seguir passávamos ao outro rapaz...Vou passar a sentar-me com aquele grupo, são divertidos...
Amanhã lá estarei de novo, vamos a ver o que o meu analista vai dizer. Morto está ele para me despachar para o português. Era mais fácil, e conheço as pessoas da formação. Enfim. Já me estou a habituar aos franceses, quase já falo sem misturar palavras inglesas e francesas. Um velho disse-me que em francês se diz "annuller" e não " canceller". Ups...É que temos de fazer o resumo do caso em inglês e depois já me baralho. Il faut patienter.

sábado, 24 de agosto de 2019

Que calor tem estado há uma semana

Ontem no A. fui ao médico, antes à enfermeira. Tiraram-me de novo sangue do dedo para ver o açucar e o colesterol, estavam bons, E não doeu nada, ela espetou a agulha no dedo de lado, a outra foi de frente. Ela disse que a colega devia saber que se tira de lado, para não doer. A visão ela disse que os óculos ao perto já precisavam de ser ajustados, mas que ao longe estava bem. E a audição muito boa. O médico quis saber os empregos que tive antes , acho que era para saber se correra riscos. Claro que falei quando fora Assistente de Tráfego na Air Atlantis e levara os passageiros à placa, a cheirar o combustivel dos aviões. Que doenças tinha e deu-me como capacitada para trabalhar ali.

Mais uma semana e depois vamos fazer Landing, acho, estar ao lado de um colega,

Hoje dormi umas doze horas, é fim de semana. E doi-me um tanto a garganta..

sábado, 17 de agosto de 2019

Sábado

Acordei às sete. Agora habituei-me. Passei a esfregona na casa toda e limpei a cozinha e wcs.

Depois achei que tinha de ir por a lavar o edredon da cama do filho. Saí com ele e no carro reparei que não tinha o comando da garagem. Voltei para cima e fui para a lavandaria. Cheguei lá e não tinha levado o cartão da lavandaria. Voltei para tras. De carro, sempre. Voltei e reparei que não tinha trazido os óculos que ficara de levar ao oculista para alterar a graduação- Os gatos já estavam à porta à minha espera...

Depois estaciono na rua e tranco o carro, vou buscar o bilhete para lhe por e a fechadura automática não funciona. resultado, entro pela porta das traseiras do jeep, tipo de mergulho para chegar ao botão de destrabcar por dentro.

Decidi deixá-lo aberto.

De yarde fui ver as minhas sobrinhas netas, a recém nascida e a de 15 meses. Tão parecida com o meu sobrinho em pequeno! Primeiro não me conhecia, depois começou a brincar com os legos que lhe levei, a seguir levou-me pela mão para o quarto e deu-me o primeiro  livro do Elmer, o Elefante Colorido, para eu ler. O que não foi fácil, pois tirou-me os óculos, não gosta de pessoas de óculos.

E o Elmer tem todas as cores e os outros elefantes são todos conzentos e o Elmer um dia rebola-se na lama e vai igual aos outros misturar-se com eles e pregar-lhes sustos . Mas depois começa a chover e ele fica de novo colorido e os outros riem-se e ficam todos contentes. Devia ser isto.

Depois chegaram uns amigos deles e ela foi agarrar nos seus legos novos e po-los na caixa e guardá-los no quarto, muito desconfiada. Despedi-me e ela foi no meu colo, pesada, 12 kg, e tocou no botão do elevador, mas depois ficou com o pai a dizer adeus. Oh que saudades ...

Tentei por o album do James Blunt a tocar mas não estava na capa.

Ontem conheci o outro que me mandava mensagens a dizer que eu era gémeos ascendente touro e o sol em Leão e  que ele era Carneiro com ascendente leão e nos iamos dar muito bem. De certeza.

Já estava a embirrar com ele pois numa conversa disse que eu devia ter a casa cheia de pelos com tantos gatos (ninguém o convidou) e que eu os levei de férias e que eles ficavam bem uma semana sozinhos.

Mas alguém lhe perguntou alguma coisa, divorciei-me por menos....

E quando o vi é claro que as fotos tinham pelo menos dez anos e que o 1,77 m dele era igual ao meu 1,62 m. Ele disse que eu era alta, devia ter mais. Sim, muito mais.... E aquela barriga flácida.

Só mentiras, detesto falsidades. Eu nem copio nos testes, sou o que sou.

E o que procurava naquele site. Um amigo para olhar o mar e ver as estrelas lá.

Sim, ver as estrelas, pensou ele, eh ehe eh. Parvalhão.

Mas porque é que eu me dou ao trabalho.


domingo, 4 de agosto de 2019

The Jesus And Mary Chain ‎– All Things Pass (" Unofficial Video " )

Tinder

Não escrevia aqui há séculos....

Inscrevi-me no Tinder, uma colega inscreveu-me e pos-me dos 30 ao 55+.

É deslizar para a esquerda os que não se gostam e direita os que se gostam. Às vezes estou tão rápida na esquerda que vem um giro e lá vai.

 Os textos são importantes. Não devem por. Se começam com " tenho 1.72, não sei porquê isso é importante ", ou " sou casado mas quero aventuras", "procuro uma pessoa sincera e humilde", "adoro viajar com a pessoa certa". "se não querem algo sério pôe para a esquerda", "gosto de um bom copo e boa comida", comigo não têm sorte nenhuma. Se têm fotos dentro do carro com óculos escuros, também não, ou assumem que estão ali ou lixam-se. Se estão em frente de carros ou barcos, podem ir dar uma voltinha. Se estão com crianças ou uma mulher vão à vida. Se são velhos, feios, fora.

E o que sobra? Uns sorridentes , ou com gatos ou cães, que digam que gostam de cinema ou ler. E os giros, claro, com 35. Por acaso quando faço gosto nesses, geralmente dá-me match. Depois podemos escrever qualquer coisa, olá. Eu não escrevo nada, ou escrevo, se a frase deles é interessante.

Mas isto é giro, porque a gente só lá vai espreitar de vez em quando e eles não estão online e então a conversa vai aos arranques. Contei a alguns o meu pé torcido (caí e ando de canadianas) e andam cheios de conselhos de por gelo, de por meia elástica, de não usar o pé, etc, dá para conversar.
Depois há outros que estão no estrangeiro e contam o que fazem por lá. E depois há os que convidam para o café, para ir a Sintra passear. Outros começam com perguntas de sexo, se gostamos e como preferimos. Já se vê que isto é conversa de masturbação, vou dizendo, à missionário...

Olha, não me estou a ver a encontrar com nenhum. Não estou com paciência para ralações. Perdão, relações.
Mas tem piada ver tipos giros a verem a minha foto e a minha idade e dizerem "match", Sou gira? Podia ser mãe deles. Mas não sou.