Para cada mulher há um homem ou três gatos

Fail. Ever try. Fail better.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Mais um sonho estúpido

Acordei a sonhar com Aquele Cujo Nome Não se Pode Pronunciar da minha vida.

Deixou-me miseravelmente depois de dois anos e meio de namoro. Porque arranjou outra e nem teve a coragem de dizer, só que precisava de se concentrar no final do curso e etc. Nessa altura já eu estava a dar aulas há um ano e ele andava cheio de medo que eu quisesse casar....

Bem, no sonho eu tinha ido a casa dele com uma amiga minha para servir de escudo, devolver umas roupas que ainda tinha dele. A casa era muito gira e ele estava todo sexy (era). Andava lá todo dinâmico, a dizer que agora era cirurgião plástico e tinha imenso trabalho. Depois encurralou-me no quarto e abraçou-me e disse que estava farto de me mandar sms a dizer que queria voltar, que tinha sido tudo uma estupidez e só pensava em mim, e tentava beijar-me na boca mas eu ia desviando. No sonho estava a pensar que namorava com aquele médico neurocirurgião tão estável e prometedor e que os meus pais morriam se eu voltasse a andar com este...

Eu estava terrivelmente tentada, mas não o beijei e disse que ia pensar no assunto e ele ia dizendo que tinha bilhetes para aquele músico que eu gostava e se eu ia com ele.

Consegui escapar-me para ao pé da minha amiga e viemos embora, ela só dizia que ele estava tão giro e tão diferente (costumava ser um tipo molenga - cool - e ouvia heavy metal e gostava dos filmes do Rocky...).

Bem, acordei meio abalada. Isto deve ser dos comprimidos que tomo, tenho uma prima que os toma, mas ela é para deixar de fumar ( Zyban). Tenho de lhe perguntar se tem pesadelos. A mim os comprimidos são para a depressão (minor e devido a circunstancias vivenciais, disse o psiquiatra).
Ela diz que a ela devem servir para isso também, também quer voltar a trabalhar....mas que continua a querer fumar.

Eu não tenho vontade de fumar, já não tenho há mais de vinte anos...

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Acordei a sonhar que estava num psiquiatra

Vou escrever aqui mais as minhas preocupações actuais. Já vi que isto não é lido por ninguém.

Melhor.

Ora eu escrevi sobre o Evento, e estava a frequentar um curso de Secretariado Clínico. Já fizera o 1º semestre e estava no 2º. O curso interessava-me pois eu precisava de competências informáticas e secretariais e eles tinham um estágio em ambiente hospitalar, para terminar.

 Parecia estar tudo bem. Mas na verdade em junho, a duas semanas de terminar o curso, desisti.

Quando desisti estava muito abatida e sem energia e a médica de família já me dissera anteriormente, quando lá fui mostrar análises depois de ter tido cólica renal, que me achava deprimida e marcara uma consulta para daí a um mês. Quando lá fui e lhe disse que desistira do curso ficou toda preocupada e deu-me uma carta fechada para entregar no psiquiatra das urgências do S. José . Que ela ia de férias e não ficava descansada.

Fui então de carro num dia de calor intenso ( 38º graus) ao hospital. Estacionei lá fora.

Fui às admissões, disse que tinha uma carta da médica para ir às urgências ao secretário clínico, um homem com ar de idiota que me disse só " cartão de utente" e começou a ver no computador. Devia ter lá que em Fevereiro lá tinha estado nas urgências de Urologia, a tal cólica renal. Disse-me então para esperar na sala de espera, foi literalmente " Maria, vais esperar aí na sala de espera que te chamem para a triagem ".

Aquilo dar-me-ia vontade de rir se não estivesse mesmo em baixo. Passaramos as aulas de Psicologia lá do curso a ouvir falar de ética e modos de falar com os utentes, e os direitos dos utentes ao respeito e o homem, fala-me assim! Por isso estavam a dar esses cursos de secretariado clínico, é óbvio que nos hospitais particulares não querem esse tipo de atendimento.

E o curso custava 850 euros no total.

Depois estive na triagem e a carta devia ser muito boa pois a enfermeira deu-me bracelete amarela , Urgente, e explicou-me como ir para os gabinetes de psiquiatria. Pensei como atribuiriam o grau de urgência a doentes psiquiatricos. O Protocolo de Manchester estabelece que os utentes não são atendidos por ordem de chegada , mas sim de urgência. Vermelho, Laranja, Amarelo, Azul, Verde.

Os que estavam à espera não pareciam perigosos, excepto uma mulher que estava com o marido e ora estava agitada, ora deitada no ombro dele. De resto era uma idosa a comer pão que me perguntou onde era a casa de banho e eu indiquei.

Então pus-me a  preencher o questionário que me deram, sobre se me tinham explicado o que era o sistema de Manchester de triagem (não, eu sabia porque me disseram no curso), como classificava o atendimento nas admissão (Mau), a apresentação do secretário (Má), os esclarecimentos (Suf.), tempo de espera até triagem (menos de 10 minutos), atendimento na triagem (Bom).

Depois não tinha mais a dizer pois ainda estava à espera não sabia o tempo de espera para a consulta e não podia classificar o médico.

Fui por isso ler a carta que a médica do centro de saúde enviara para ali. Primeiro porque  " o utente tem o direito de acesso aos seus dados clínicos" e segundo porque tinha curiosidade.

Era uma carta padrão, em que os médicos de família remetem os utentes para uma especialidade e ela dizia lá que eu tinha sintomas de adenomia, problemas de relacionamento, agressividade contida.
Possível diagnóstico, depressão major/borderline?

Pensei que a médica me tinha topado muito bem. Mas a depressão major e a personalidade borderline, mas qu´esta merda?

Para já, eu considerava a minha depressão plenamente justificada e depois, não sabia bem o que era borderline, mas parecia-me mais grave que neurose, a raiar a psicopatia, paranoia, esquizofrenia.

Seja como for, fui chamada logo a seguir (meia hora de espera, Bom) e a doente agitada começou a protestar que estava lá há mais tempo, mas o médico veio buscar-me e eu pude passar sem perigo.

Era um gabinete comum, sentei-me lá na cadeira e ele atrás da secretária e perguntou-me o que me trouxera ali. Quase lhe respondi " o carro ", mas achei que podia achar isso " agressividade contida",

Dei-lhe a carta, que me tinham devolvido sem o envelope e disse que a médica de família ia de férias e achara que eu estava abatida e deprimida e devia ser tratada. Ele nem leu a carta e perguntou se me sentia assim, e desde quando, e ele era novo e despenteado ( uns 40 anos) e ia desenhando figuras geométricas enquanto eu falava.

Fomos interrompidos pelo telefone, e ele disse que chamara segundo o protocolo de triagem e que " também ele gostava de muita coisa". Percebi que tinham ido queixar-se de eu ter sido passada à frente, mas eles tinham pulseiras azuis. Eu era a mais urgente, podia-me suicidar, quem sabe.

Se calhar foi por isso que ele me reteve lá quase uma hora e conseguiu por-me a chorar , lá para o fim. Parecia quase uma entrevista daquele Daniel, que acaba com " o que dizem os teus olhos? ".

Então ele leu a carta da médica, escreveu lá no computador umas coisas, imprimiu, e disse que achava que eu tinha uma depressão minor, justificada por questões vivenciais, que beneficiaria de psicoterapia e marcou-me consulta para psiquiatria. Receitou-me Entriol ( 60 comprimidos) e disse que eu me iria sentir melhor em breve, para eu ir às consultas que me faria bem falar.

Escrevi lá no questionário que fora bem atendida e voltei para casa. Passei pela farmácia e não tinham o genérico por isso trouxe o de marca , 70 euros, comecei a tomar e cá estou de férias.






O que é personalidade Borderline

RIO - No livro “Corações descontrolados” (Editora Fontanar), a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva é bem cuidadosa ao enfatizar que o diagnóstico preciso de borderline requer grande experiência, além de atenção e dedicação para perceber “o que os borders escondem, inclusive deles mesmos”. Algumas características, no entanto, são comuns neste diagnóstico, mas é necessária a presença de, no mínimo, cinco delas por um período de pelo menos um ano, em contextos sociais diferentes, para que o diagnóstico possa ser estabelecido. São elas:
1. Impulsividade potencialmente perigosa em pelo menos duas áreas, como gastos excessivos, promiscuidade, direção perigosa, abuso de drogas ou compulsão alimentar, por exemplo.
2. Ira inapropriada e intensa ou dificuldade de controlá-la.
3. Instabilidade afetiva devido a uma grande reatividade do estado de humor.
4. Ideias paranoides transitórias relacionadas a estresse ou sintomas dissociativos graves.
5. Alteração de identidade: instabilidade acentuada e resistente da autoimagem ou do sentimento do self.
6. Um padrão de relações interpessoais instáveis e intensas.
7. Esforços frenéticos para evitar um abandono real ou imaginário.
8. Ameaças, gestos ou comportamentos suicidas recorrentes ou comportamentos de automutilação.
9. Sentimentos crônicos de vazio.
Entre os famosos, a autora cita celebridades com suposto funcionamento borderline, como a cantora Amy Winehouse e seu apego irracional ao marido Blake Fielder-Civil — e as muitas músicas de sucesso que esta relação rendeu —, e a fragilidade do mito Marylin Monroe, exemplificada em tentativas de suicídio, o vício em anfetaminas, álcool e muitos relacionamentos afetivos fugazes. Em comum, sempre há alguma dependência: a um vício, um tipo de situação ou pessoa.


Leia mais: https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/conheca-as-caracteristicas-determinantes-da-personalidade-borderline-6447863#ixzz4oggpdpeq 
stest 

sábado, 27 de maio de 2017

Evento

De manhã fui ao Evento na escola. Gostei. Achei que era uma turma organizada e simpática.
Que pena eu não ter concorrido o ano passado.

 No Coffe break socializamos com alguns professores que tinham ido, inclusive a prof de secretariado, que fora das aulas é uma joia de pessoa, não sei porque fica assim quando tem uma turma à frente. Relax, don´t do it, why do  you wanna do it...(isto era de quem?).

Depois foi uma palestra sobre Mindfullness, que eu já ouvira falar, mas não sabia bem o que era.
É capaz de auxiliar na profissão de secretária clínica, com o stress do atendimento e dos médicos.
Consiste em focarmo-nos no presente e bloquearmos pensamentos negativos sobre o que nos aconteceu no passado ou sobre o futuro, que são ambos lugares que não existem. Temos de ter a mente limpa e aberta para receber as pessoas sem preconceitos, mesmo que nos tenham dito " cuidado com esse que é um osso duro de roer" em ralação a um chefe ou utente. Podemos meditar cinco minutos num local separado, ou ir dar uns saltos para o WC, também funciona aumentar os níveis de endorfinas para ficar bem disposto.

Agora como norma de vida, não me parece. O passado traumatiza mas também nos ajuda a não cometer os mesmos erros. E se perdermos a ansiedade, como nos protegemos do perigo? Se não tivessemos isto teriamos sobrevivido como raça tanto tempo? Bem, os cães existem há muito tempo e segundo parece vivem no presente, se tudo corre bem estão felizes. Nós podemos estar bem e estar a pensar em o outro disse isto e a outra pensa aquilo de mim e tenho o teste na terça e já devia ter estudado... Mas eu não penso nada disso, escrevo e esqueço. É a minha terapêutica. Se tivesse uma amiga contava-lhe e ela dizia " as mulheres são umas bestas umas para as outras " e um marido diria, " pois, não ligues " e eu " não ligues a quê ? " , " a isso que estavas a dizer", enquanto muda os canais na Tv.
Só os idiotas vivem felizes, sem preocupações ou ideias....

Quando criei este segundo blog era para fições

Sim, era. Histórias de amigas, mas ninguém acredita que são amigas, acham que são da autora.
Depois comecei a contar sonhos, eu na altura andava a sonhar só com homens! Ex namorados e todos a implorarem voltar. Mas eram tão parvos... com o Ortigão?! Acabei por apagar, era ridículo demais.

Depois contei uma data de frustrações, ou de chatices com colegas e pior, professores. Sem nomear a pessoa pelo nome, mas dava para perceber, quem conhecesse. Claro que aí esqueci-me que podiam ter acesso ao blogue, o que acabou por acontecer e comecei a ter mais chatices, de ofendidos que não me queriam confrontar para não admitir que leram, e mandavam bocas nas costas.

Mas é assim, eu escrevo como terapia, sempre escrevi diários secretos, fechados à chave (literalmente) desde os sete anos. Com entradas como " hoje tomei banho sozinha! " . Que esperta que eu era. E que tinha lido um livro dos Cinco ( The Famous Five, Enid Blyton) num só dia . Com sete anos não é mau, já não eram o Noddy, embora da mesma autora.

Continuei a escrever histórias divertidas de saídas com amigas e o meu grupo dos Olivais. Quando eu tinha 18 anos e os rapazes iam às discotecas, mas para entrar precisavam de levar as amigas das irmãs, e iamos para o Jet Set e o 2001 mas depois lá ninguém se conhecia. Menos um que andava sempre na minha cola, mas ele era irmão gémeo do namorado da minha amiga e naquela escuridão eu não me queria arriscar e depois levar com o gémeo errado. Ele depois foi para comissário de bordo, quando eu era Operadora de Trânsito (check in etc), já eu tinha 25 anos, mas nessa altura embora não tivesse lá o irmão, eu estava muito interessada noutro, isto lá em Faro. Davamo-nos todos uns com os outros com os outros, sobretudo porque vinhamos de Lisboa.

  Estavamos a viver em apartamentos mistos. No meu era eu e outra e dois gays ! Grande pontaria. Foi melhor assim. Um deles ainda não era assumido .,.mas o outro apanhámo-lo lá à hora de almoço com um rapaz novo lá de Faro, no WC ! Disse que estava a tomar banho e nós queriamos lá ir (só havia um wc, e sai de lá ele com o amigo, que se foi logo embora. Levou nas orelhas , ninguém metia ninguém lá em casa, fora o combinado. Tinhamos lá TV nossas e videos e gravadores e música e não queriamos ser roubados. Fora o nojo que dissemos que era. Um rapaz menor , de certeza, parecia ter uns 15 ou 16 e ser pobre. E o tipo tinha 25, como eu. Ele depois saiu de lá, felizmente.

Bem, estas histórias "chocantes". Como isto foi há 25 anos, quase parece que não era eu. Mas eu estive lá seis meses e só andei com esse, que acabava para poder andar com outra e eu depois tinha de o ver, Faro é muito pequena. Se fosse em Lisboa não havia problema, não o veria mais. Depois voltavamos a andar porque eu achava que ele era melhor do que mostrava ser, lá no fundo.

E nunca mais o vi, mas guardei uma foto de passe dele "para não dizeres que nunca te dei nada". E se o procurasse no Facebook? E se ele agora está horrível ? Se calhar até já morreu.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Lenny Kravitz - Fly Away

Chris Isaak Wicked Game

The Corrs - Only When I Sleep

Maria Caeiro Pessoa

Eu escrevo na net o que se passa na escola. Que giro, nunca tinha reparado, eu ? Faço isso ? Se  calhar devia arranjar um pseudónimo, um heterónimo. Como Fernando Pessoa, que devia ter adorado criar meia dúzia de perfis no Facebook.
Acontece que eu escrevo aqui há séculos, e pouco me importa os que leem, o que pensam e se me conhecem. Há centenas de blogues no Blogger, de donas de casa enfastiadas, de homens armados em poetas, outros a escreverem receitas e a falarem dos filhos, dos cães, dos gatos, das fotos.
Que não preciso de escrever um diário público. Vão dizer isso à Sue Townsend, a minha escritora favorita. É um diário, sim, pode ser, mas é público, não é íntimo.
Não que haja grande coisa a contar nesse aspeto. Como já disse, só em sonhos, que vêm do subconsciente, às vezes parece que minha vida é um pesadelo e eu vivo a sério nos sonhos.




quinta-feira, 4 de maio de 2017

Karma

Sempre que me gabo de algo bom que fiz, o universo ataca-me com uma chatice qualquer.
No outro dia contei num post que estava na Loja do Cidadão em Chelas , um sítio muito pitoresco, mas onde gosto de ir tratar das burocracias, pois tem estacionamento grátis no centro comercial.
E tem um Café Jerónimo mesmo em frente, podemos ver as senhas a mudarem nos quadros enquanto comemos bolos.
Não foi o meu caso, quando fui levantar o meu cartão de cidadão. Há aquela máquina de tirar senhas, com um écran incompreensível para o comum dos mortais. Diz coisas como IMTT, IRN, Espaço Cidadão e mais umas quantas siglas. Tanto que lá ao lado colocaram um papel na parede impresso com: IMTT - Cartas de condução; IRN- Cartão do Cidadão, Passaporte; etc. para a gente saber. Porque só depois de carregar no sítio aparece a explicação do que é, e perde-se tempo a andar para trás e para a frente. Geralmente está lá um segurança que pergunta para o que é e tira ele.

Eu começo por dizer que podiam ter escolhido outra cor para os sofás, vêem-se manchas duvidosas no tecido.

 A população são sempre mulheres acompanhadas de inúmeros miúdos, que nem todos estão para tirar o cartão do cidadão e ela nem sequer é a mãe, pois telefona várias vezes a perguntar datas de nascimento a pais. Muitos de etnia cigana, também, sempre a refilar por tudo. E uns motoristas com idosos atrás, para renovarem cartão de cidadão (espero que não para renovar a carta de condução, não , isso não é nesse sector).

Pois eu vi entrar um senhor direto ao guichet próximo de onde eu estava e faltavam dez senhas para a minha e ele era idoso e magro, de vestes muçulmanas e uma boina pequena de crochet na cabeça, cheio de dignidade. Perguntou onde tirava o passaporte. Estava cheio de sorte era ali mesmo, mas ele não tinha tirado a senha. A funcionária do guichet, com a habitual secura, disse " tem de tirar a senha na máquina ",  mas como a máquina estava à entrada da sala, ela carregou logo a próxima N-Passaporte. O senhor no entanto, como qualquer idoso que se preze, passou pela máquina das senhas e continuou. Suspiramos ambas em uníssono,e ficámos a observar, e a vê-lo voltar e encarar o écran. Nessa altura eu já estava cheia de comichões para intervir e ir ajudar. Fazer o que os meus filhos chamam " envergonhá-los". Alguém o ajudou a tirar a senha e ele deambulou de novo para outro lado. A do guichet riu-se e eu nervosa, disse que ia buscá-lo. Ela disse, " já nem o vejo " e eu fui na mesma. consegui encontrá-lo na fila do espaço cidadão, mas tinha na mão a senha certa, e eu disse-lhe " quer tirar o passaporte ? ". " Sim, pode ajudar-me ? " e eu " sim, mas não é aqui, venha comigo " e levei-o ao guichet certo. Onde o atenderam logo. E chamaram a minha senha.

Eu fiz isto porque para mim é normal. É como apanhar um papel que alguém deixa cair e devolver.
Também pensei num avô meu a tirar sozinho o cartão. Admirável mundo novo.

Seja como for, não era para me gabar, mas deve ter parecido ao chefe de repartição dos karmas, pois no dia seguinte, ao sair para ir almoçar ao centro comercial (domingo), fechei a porta de casa com as chaves do lado de dentro. E o telemóvel. E o guarda chuva. E as chaves do carro.

E fui ao centro à Loja das Chaves para ouvir que os homens não trabalhavam, para ir aos bombeiros.
Ok, a chuviscar e cheguei aos Bombeiros para ouvir que já não abriam casas de particulares. Para tentar a casa de chaves dos Olivais, ao pé do Mercado da Encarnação. Senti-me uma personagem de um livro de Kafka. A deambular de repartição em repartição.

Como a casa da minha irmã ficava perto, apressei-me a ir a pé para lá, felizmente estava com os novos adidas Stan Smith e cheguei lá e não tinham ido almoçar fora e deram-me almoço e ligámos para a minha filha que tinha chaves e estava no Vasco da Gama e depois a minha irmã levou-me lá e fim
Há males que vêm por bem, foi um domingo diferente e sim, não há almoços grátis.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Gatos para adoção responsável

O meu gato mais novo veio da Mª do Rosário Rosa, uma senhora de S.João do Estoril, que vive numa vivenda, e junto com amigas, se dedica a apanhar gatas silvestres (de rua ) e esterilizá-las ( a câmara paga) e dar para adopção, caso sejam meigas, ou largar no sítio onde as apanharam, se forem selvagens. Se estiverem grávidas melhor, ficam a ter os bebés em casa dela e ela publica as fotos no Facebook e aparecem pessoas que os querem adoptar. especialmente se estiverem com ar triste dentro de uma jaula. Eu fui lá buscar o meu, ela publicou que a mãe deles fora adoptada e eles já comiam, e eram tão pequeninos.... E os tigrados são dos últimos a ser levados, há muitos. Querem brancos, amarelos, pretos. às vezes as pessoas que querem pretos são super estranhas e ela não os entrega. Fazem bruxarias e isso. A sério ! Ela aliás é muito firme nas perguntas e não os dá a quem tenha crianças pequenas, não tenha mais animais e não os queira esterilizar. Acho bem.

Agora , num dia de chuva, viu uma gata fugir e ficou um minorca no canteiro do jardim. Ela levou-o para casa e pô-lo com uma ninhada de gatitos e a mãe e ela adoptou-o.

Na foto de baixo , vê-se um dos irmãos adoptivos a lambê-lo.

Agora, já tem uma semana, o Minorca, é uma menina, abriu os olhos e mia.


Esperemos que continue a viver. O bebé milagre.

p.s: e sim e foi adoptada. Não por mim, por acaso fui lá e peguei-lhe ao colo .era muito meriga e feiosa. Adoptei outra gata, que veio para aqui revolucionar a casa e me tem arranhado as mãos todas.Desde que tive o Tintin (veio direto da rua) que não tenho um gato assim....é um amor.

sábado, 14 de janeiro de 2017

O ex com que sonho

De vez em quando sonho com este com que andei aos 20, 22, 24, 26,46....
A culpa é dele, que gosta de manter contacto com as  ex namoradas.
No dia dos namorados ligou-me a pedir o nº de uma amiga comum (com quem tb andou) que fazia anos. Eu disse-lhe que tinha perdido o telemóvel não tinha. e mandei a piada " sempre a arranjares pretextos para me ligares ! " e ele " sim, nos teus anos, no Natal...". Ah, ah. pois é.
Como ele é engenheiro civil e contrata arquitectos, no outro dia disse à minha prima para lhe mandar o CV dela (arquitecta, um ano desempregada) e liguei-lhe a dizer se o encaminhava. Ele diz que sim. Depois falei que iamos vender o Vale (Quinta de Soalhães) e ele disse que tinha curiosidade em conhecer essa casa de que ouvia falar há 35 anos.... Eu disse-lhe que lhe dava a morada e dizia à senhora que toma conta da casa para lha mostrar. Ele respondeu que era simpático era eu convidá-lo a passar lá um fim de semana. E eu " ah , pois é, mas como, toda a gente? " e ele disse que depois combinávamos melhor. Ora esta, mas ele não disse que anda com a loira há 4 anos ? Vou ter de a levar e os meus filhos ? Que bom... Por outro lado ele remodela casas e podia dizer-me em quanto ficavam as obras, para eu ver se podia ficar com ela. Ou então pensa que é um bom negócio para ele.
Eu adoro aquela casa, com jardim, quintal, vistas largas. Foi o meu avô que mandou construir segundo planta dele, em 1930, acho. O meu pai já era vivo, viviam na casa de um primo que vivia no Porto e tinha lá a casa dos avós. Uma casa romântica de namorados.
Mas sozinha não vou para lá, de um lado é r/c e qualquer pessoa entra nos terrenos. E com os meus gatos, a fugirem para a estrada. E que fazia lá, com os filhos aqui ? Se calhar podia dar aulas, naquelas aldeias, agora há inglês a partir do 3º ano, de certeza que há falta de professores. E este ia-me visitar aos fins de semana.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Resolvi mudar as definições, agora somos privados

Os blogues públicos são lidos por todos e nas definições podemos por que só queremos que sejam lidos por pessoas que tenham um blogue, por exemplo. Isto foi o que eu fiz, pois assim limita os cuscas que me leem. Como por exemplo, meus inimigos.

Eu não tenho inimigos, mas pessoas que não gostam de mim e eu não gosto delas. Para mim nem existem, mas depois dou-me conta que sim.