Fiz tanta coisa nestes poucos dias.
Levei o carro trocar os quatro pneus. Enquanto estava na oficina fui a pé até aos Armazéns Guimarães e comprei uns sapatos pretos.
Estava um vento muito frio e um tempo de aguaceiros. Mal entrei na oficina começou a chover.
Fui ao Pingo Doce e comprei os mantimentos. Com o cartão do subsidio de alimentação do emprego.
Fui ver a mãe que já estava no Lar. Estava sem oxigénio, e sentada na sala. Mas não me conheceu.
Devem ter queimados os restantes neurónios, estava com ar de quem sou e o que faço aqui. Um ar assustado. Mas rabugento, disse-me que a ia magoando quando me sentei no braço do sofá e quando disse "queres que te tire uma foto " respondeu que não.
Mas eu agora não choro mais, chorei tudo no fim de semana quando a médica disse que o prognóstico não era bom. Sinto que morreu e agora não está lá.
E outro dia fui ao centro comercial e comprei duas prendas de roupa para os meus filhos, para o Natal na salsa.
Para mim umas calças cincentas de cintura alta, uma blusa e um casaco. De cores alegres.
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